Páginas

Lecoq

Um Movimento Clownesco

Apesar de, às vezes, parecer de fora como se nós fossemos a mesma coisa na realidade, sempre mudando, mas lentamente, nós somos como o mar. O movimento das ondas acima é mais visível que as correntes abaixo, mas, apesar disso, há um movimento na profundidade. Mesmo que, de tempos em tempos, nós levantemos nossas cabeças acima da água, rapidamente retornamos ao “forte” fluxo constante da corrente implícita (LECOQ, 2001)[1]
Para falar em clown, como define Castro, “o palhaço do teatro[2]”, em primeiro plano, temos que conhecer a presença, no cenário da pedagogia teatral, de um grande contribuidor e pesquisador dessa arte, Jacques Lecoq, o qual trouxe a técnica de clown para sua escola em Paris como um auxiliar ao aprendizado do ator. É a proposta de descobrir a relação pura e simples, em primeiro lugar, consigo mesmo e depois com o público. Lecoq, num primeiro momento, ao desenvolver a técnica com seus alunos, não pretendia que tivessem um pressuposto do que fosse clown, imitando clowns já existentes, como os do circo, mas que cada aluno encontrasse o seu próprio com base na experiência de vida pessoal.

[1] Tradução livre de Ana Elvira Wuo.
[2] Curso de Clown A Arte da Bobagem - ministrado por Angela de Castro – João Pessoa.PA/ 2001

Um comentário:

Água na peneira... disse...

Vocês são apaixonantes. Eu queria aquele vídeo que aparece no Blog do Luciano pra postar no meu blog, será que você pode me enviar?
Um abraço.