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A Ximia Bóia nos visitou!

Na aula do dia 23-08-10 tivemos a honra de receber a nossa irmã clown, gaúcha, Ximia Bóia. Vimos através de seus sorrisos desconcertados e de seus olhares - ora maravilhados, ora frustrados - a dimensão da graça que o clown carrega sendo simples, pueril, particularmente infante. Mais a fundo ainda, vimos o cômico naquilo que geralmente é imputado por vergonha: os trajes de Ximia Bóia e seus gestos soltos, despreocupados, acentuaram a graça que o corpo humano pode ter. Ao final da apresentação, discutimos sobre o corpo do clown como ferramenta para as gags. Seus trajes e seus modos devem necessariamente se ajustar ao corpo do atuante, e, assim, este pode atuar de acordo com todas as possibilidades de brincadeira, de ridículo, que seus membros corpóreos, espontânea e gratuitamente, apresentam ao público. Braços volumosos, pernas cumpridas e até um bumbum avantajado - dentro, é claro, das intenções claras e puras do clown - podem servir, numa nada séria sedução, uma anti-sedução: um apelo, sim; mas um apelo absoluto à graça, que é o apelo ao generosíssimo "riam, de mim!". Sua roupa é uma bóia de caminhão!
Mais ao final da aula, fizemos um exercício com musicalização do clown. Primeiro todos juntos, atuando conforme o estilo da música; depois cada um sozinho, ou "clownzinho", fazendo sua performance.

Texto: Marina Seneda;
Clown: Ximia Bóia (Lúcia Nunes).