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Roda dos andares

Este exercício revela o andar do clown de forma dilatada. Esse é o andar de base ou básico e, a partir dele, são desenvolvidos outros, com outras dinâmicas, velocidades, tamanhos.
Quando dilatamos o jeito de andar, isto é, quando aumentamos a maneira natural de andar, esse exagero algumas vezes provoca o riso nos espectadores. Outras vezes, a própria pessoa observada ri de si mesma, pois descobre que a sua maneira de andar dilatada é muito estranha e diferente do que ela imaginava.
A transformação é o seu jeito ou o jeito básico de o clown andar. Após essa descoberta, os clowns exploram essa maneira nova, repetindo e memorizando as dimensões novas e a imagem que ela proporciona dentro de si. Durante o processo, todos são participantes observados e observadores. Num determinado tempo, a observação do outro vai refinando a percepção com relação ao objetivo da roda: como anda o clown de cada participante.

Imagens por Ana Wuo.
Clowns iniciados no 2º semestre de 2007 na disciplina AM-034.

10 comentários:

Luciano disse...

Ainda lembro da roda dos andares e de todas as sensações, do corpo dilatado, do corpo retraído. Dos olhares dos manos que se iniciavam comigo e da minha visão: ampliada, profunda, dentro dos olhos dos demais participantes do curso. Lá se vão 9 anos, desde aquela primeiro andar de criança a descobrir que pode um pouco mais...
Hoje, percebo que tudo o que foi introjetado a partir daquele e de outros exercícios, permanecem em mim e no Gergelim, sempre, pra sempre.
Beijão Ana.

Ana Wuo disse...

Luciano=Gergelim
Tudo ficou em você, porque já habitava o seu corpo desde que nasceu como pessoa e depois como clown.Abs

Ana

Unknown disse...

Esse exercício da roda dos andares foi muito bom, ele só provou mais uma vez que o clown mora dentro de cada um, e assim vamos nos despertando...

Karine disse...

Gostei muito desse exercício do andar de maneira dilatada, só evidencia o "humor nartural" q cada pessoa já carrega em seu próprio corpo, com a sua forma particular de andar.
E é muito interessante observar como simples indicações de como fazer o passo, aonde posicionar o braço, fazem toda a diferença - e toda a graça - para esses 'paspanatas' que começam a surgir!!!

=P
Beijos e até amanhã
Karine

Anônimo disse...

Incrível como de uma hora para a outra, depois da roupa e aprender a andar do clown fica mais evidente a forma como ele surge dentro de cada um.

Imagino que com o nariz a diferença seja gigante também. =D

Muito boa essa roda dos andares!

Até mais

Amanda.

Unknown disse...

O clown mora mesmo dentro de nos, ele esta presente em cada gesto nosso, espero decobrir mais dele dentro de mim. bjs

Cinthia disse...

Esse exercício foi mesmo muito engraçado e marcante, pois a partir de agora e também já com a roupa estamos moldando nosso próprio clown, ou será que ele é que está sozinho desabrochando? veremos...

gipicles disse...

O exercício do andar foi algo estrangeiro ao que estamos acostumados. Nunca parei pra pensar que algum detalhe da maneira como andamos pode fazer diferença e incitar o riso. E até o meu próprio riso.

Anônimo disse...

Muitooo Bom as matérias sobre Clown...Aquela menina fez"Esperando Gordô"!!??



Beijos

Harley 071112 disse...

Aprender a andar...
Particularmente,não me dou bem com metáforas... Sou linguísta... Sempre procuro a relação entre o sentido literal e o não-literal,o 'algo escondido' que garante a uniformidade...
E um detalhe: 'aprender a andar' é o que apelidei de "metáfora viva". Uma "metáfora viva" é um misto entre ditado popular e metáfora, onde o que é dito faz relação direta com algo da 'vida real' que, de certa forma, não deve passar despercebido. 'Aprender a andar' é uma dessas metáforas.
Ao longo do tempo percebi que o andar do clown está intimamente ligado a idéia da 'regra numero única'. De que modo? "...O clown olha para tudo e tudo olha para o clown...". É impossível associar a velocidade em que anda a 'alma do cotidiano, em que pulsa o 'coração-da-alma'do cotidiano com a noção da regra numero única. Sim, é possível aprender com essa regra. É possível transformar a vida cotidiana através da relação entre clown e o 'eu'. Mas não é possível misturar os dois mundos. É paradoxal. O clown anda por si. O clown respira por si. É possível aprender com outro ser, mas não é possível viver dois seres ao mesmo tempo, na mema hora. Não é uma questão para a física de Galileu... O clown precisa de espaço. A 'alma-clown' apreende o mundo de outra perspectiva, o mundo vem à luz por outro espelho. E o ritmo do andar, o ritmo do 'coração-da-alma do clown' é outro. Acredito que ele seja o ritmo desse andar...
Keep walking.